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Climatério: como o RH pode apoiar mulheres nessa fase

Entenda como o climatério impacta a saúde e a produtividade das mulheres e veja por que o RH deve adotar políticas de acolhimento e inclusão para apoiar essa fase

O impacto do climatério na saúde da mulher e por que o RH precisa olhar para essa pauta

Cansaço constante, insônia, ondas de calor e até dificuldade de concentração. Esses sintomas, muitas vezes tratados como estresse ou sobrecarga, podem ter uma origem ainda pouco debatida nas empresas: o climatério. Essa fase, que antecede a menopausa, atinge milhões de mulheres em idade ativa no Brasil e pode durar anos, afetando tanto a saúde física e emocional quanto a produtividade no trabalho.

Segundo dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), mais de 13 milhões de profissionais com 50 anos ou mais estão no mercado formal. Muitas delas enfrentam os efeitos do climatério em silêncio, sem apoio adequado das organizações, já que o tema ainda é cercado de tabus e preconceito etário.

Climatério: o que acontece no corpo da mulher

O climatério marca a transição para a menopausa e costuma iniciar por volta dos 40 anos. É um processo natural, mas com grande impacto hormonal e metabólico.

“É uma fase de transição que afeta o metabolismo, o sono, a composição corporal e até o cérebro. Muitas mulheres perdem o controle sobre o próprio corpo sem entender o motivo”, explica o Dr. Ronan Araujo, médico nutrólogo especialista em emagrecimento e longevidade.

Entre os sintomas mais comuns estão:

  • Ganho de peso, especialmente abdominal

  • Queda de energia e fadiga constante

  • Ondas de calor e sudorese noturna

  • Insônia ou sono fragmentado

  • Ansiedade, irritabilidade ou crises de choro

  • Dificuldade de concentração e memória

  • Alterações de humor e libido

Esses sinais, quando não compreendidos, podem gerar queda de desempenho, afastamentos recorrentes e até pedidos de desligamento.

Saúde, produtividade e bem-estar: a equação invisível no trabalho

A queda hormonal afeta diretamente a saúde mental, emocional e física, interferindo na disposição, na clareza cognitiva e até no engajamento profissional. Mulheres que sempre foram altamente produtivas podem, de repente, enfrentar desafios para manter o mesmo ritmo, sem compreender o que está acontecendo.

No ambiente corporativo, isso se traduz em queda de performance, maior absenteísmo e rotatividade, especialmente quando não há diálogo aberto ou políticas de acolhimento.

“É nesse momento que vemos profissionais brilhantes enfrentando dificuldades para dormir, engordando sem explicação ou entrando em ciclos de esgotamento. Quando a empresa não oferece suporte, essas mulheres tendem a se isolar e, muitas vezes, pedir demissão”, alerta o Dr. Araujo.

O papel do RH no apoio às mulheres no climatério

Mais do que uma questão de saúde, o climatério precisa ser tratado como um tema estratégico de diversidade e inclusão etária dentro das empresas. O RH pode atuar em diferentes frentes:

  1. Políticas de acolhimento: criar espaços seguros para que mulheres possam falar sobre seus sintomas sem medo de julgamento.

  2. Benefícios voltados à saúde feminina: programas de saúde integral, incluindo consultas com especialistas, nutrologia, endocrinologia e psicologia.

  3. Flexibilidade no trabalho: ajustes temporários de jornada ou home office em períodos de sintomas intensos.

  4. Capacitação de lideranças: treinar gestores para compreenderem o impacto do climatério e atuarem com empatia e respeito.

  5. Programas de bem-estar e longevidade: incentivo a práticas de autocuidado, exercícios físicos e apoio nutricional.

Esse olhar humanizado não apenas preserva a produtividade e engajamento, mas também fortalece o employer branding, já que empresas que acolhem a diversidade geracional tendem a atrair e reter talentos mais qualificados.

Existe tratamento e cuidado possível

O tratamento do climatério é individualizado e vai além da reposição hormonal. Alimentação anti-inflamatória, saúde intestinal, fortalecimento muscular, acompanhamento do sono e equilíbrio emocional são pilares essenciais.

“Não é sobre combater a idade. É sobre viver melhor cada fase da vida com consciência, estratégia e suporte médico de verdade”, finaliza o Dr. Ronan Araujo.

Climatério e futuro do trabalho

Falar sobre climatério no ambiente corporativo é também discutir longevidade produtiva, diversidade e inclusão. Empresas que reconhecem essa fase e estruturam políticas de suporte não apenas melhoram o desempenho de suas equipes, mas também constroem culturas mais empáticas, inovadoras e sustentáveis.

O recado é claro: o climatério não pode ser invisível para o RH. Apoiar mulheres nesse momento significa preservar talentos valiosos, reduzir custos com saúde e fortalecer a imagem da organização como empregadora que respeita todas as fases da vida.

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Atualizado em: 19/08/2025 11:34