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O Brasil tem condições de se tornar um polo global de data centers e inteligência artificial (IA) graças à energia renovável e abundante, mas enfrenta barreiras econômicas que afastam investimentos. A avaliação foi feita por representantes do governo e do setor privado em debate nesta terça-feira, 19, durante evento da TelComp em Brasília.
"O Brasil realmente pode ser parte da solução para o mundo nessa corrida pela IA. Mas hoje, infelizmente, temos um problema sério", afirmou o assessor especial do Ministério da Fazenda, Igor Marchesini. Segundo ele, "60% da nossa carga digital" roda em um único estado dos Estados Unidos, a Virgínia. Essa característica, para Marchesini, expõe o País a riscos energéticos e geopolíticos.
O representante da Fazenda apontou a tributação como principal entrave. "A gente tem um distúrbio, um desequilíbrio econômico no nosso regime tributário que faz com que o Brasil seja o lugar mais caro do mundo para se comprar servidores". Ele defendeu a antecipação dos efeitos da reforma tributária para reduzir desvantagens competitivas.
Já o secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações (MCom), Hermano Tercius, avaliou ser necessário focar na criação de mais incentivos e menos restrições.
"Se criarmos restrições, é mais fácil que os data centers migrem para outro país, como já aconteceu diversas vezes. O Chile é um exemplo clássico de investimento que saiu do Brasil por algumas limitações aqui. Nosso objetivo não é criar dificuldades, mas identificar quais incentivos funcionam melhor para viabilizar essa distribuição", disse o secretário do MCom.
Não é de hoje que atores do setor público e privado batem na tecla de que o Brasil é um ambiente propício para data centers. Um dos principais motivos é a matriz energética doméstica — que é majoritariamente limpa e menos custosa se comparada com mercados norte-americanos, europeus e até asiáticos.
Apesar do setor privado reconhecer os diferenciais brasileiros, ele também acredita que só energia barata e renovável não basta para atrair grandes players. Para o CRO da Ascenty, Marcos Siqueira, é necessário que o Brasil desenvolva uma atratividade tributária para se destacar no cenário internacional.
Diretor do Luiza Labs, Kiko Reis destacou que o fator econômico é determinante. "A TI é dominado por economistas: o menor custo unitário sempre ganha. No Brasil, se cobra por máquina virtual 60% a mais do que se paga para hospedar nos Estados Unidos, com o mesmo provedor", afirmou.
Segundo Reis, o custo alto para se investir no Brasil faz com que, mesmo empresas com operações nacionais, optem por abrir data center em outros mercados.
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