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Na próxima quarta-feira (17), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia sua decisão sobre a taxa Selic. A expectativa predominante no mercado é de manutenção no patamar de 15% ao ano, cenário que reflete uma combinação de fatores internos e externos que ainda não oferecem espaço seguro para o início de um ciclo de afrouxamento monetário.
O professor Rogério Mauad, especialista em Mercado Financeiro da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI), levantou uma série de análises a respeito do futuro da Selic, destacando os elementos que devem orientar a decisão do Copom.
O que mais pesa ao Copom não é a última leitura cheia do IPCA, mas os núcleos (serviços subjacentes, médias aparadas, exclusões) e a difusão.
Expectativas: o problema não é um ou dois anos acima da meta; é quando vários horizontes ficam acima. Isso sinaliza desancoragem parcial. Enquanto esse leque não “fecha”, a função perda do BC piora se cortar a meta da taxa Selic cedo demais.
O Copom vai querer vários meses de núcleo benigno seguidos (não “um mês bom, outro ruim”) e queda visível na dispersão.
Lado real da Economia mostra moderação gradual, mas não colapso — típico de política monetária restritiva que já fez efeito principal via canal de crédito (encareceu e encurtou prazos), porém ainda encontra consumo de serviços resiliente.
Hiato do produto: é levemente negativo para neutro — insuficiente, por si, para entregar a desejada desinflação de serviços.
O que trava a mão do Copom é o prêmio doméstico: quando o fiscal parece frágil, a taxa neutra sobe e o câmbio deprecia. Isso contamina expectativas e retarda a queda da inflação de serviços.
Enquanto o mercado “precificar dúvida” sobre trajetória fiscal do Governo Federal, a Selic acima do neutro vira âncora de expectativas. Antecipar corte nessas condições piora o balanço de riscos.
Futuros cortes de juros do Fed ajudam? Ajudam, porque aliviam dólar e condições financeiras globais. Mas não substituem o que é doméstico: serviços, expectativas e prêmio fiscal.
Portanto, Fed mais “dovish” não é gatilho automático para o Copom, é condição permissiva, não determinante.
Hoje, a taxa real implícita está elevada (prêmio doméstico). O termo (inflação – meta) segue positivo. O hiato do produto não é suficientemente negativo para “puxar para baixo” a Selic de forma segura.
Resultado: a expectativa na meta da Taxa Selic de equilíbrio “de curto prazo” é mais pela manutenção em 15% ao ano do que pelo início do ciclo de afrouxamento.
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Atualizado em: 16/09/2025 11:45 |