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A inteligência artificial (IA) já marca presença definitiva em diferentes setores, incluindo o mercado jurídico. No entanto, ainda que o interesse pelas soluções de IA tenha crescido de maneira relevante, diversos aspectos, estratégicos e operacionais, continuam em debate, exigindo das áreas jurídicas um olhar atento para riscos e adaptações.
De acordo com levantamento da FTI Consulting, 85% dos diretores jurídicos de grandes empresas estimam que os riscos operacionais ligados ao uso de IA devem aumentar em 2025. O estudo, realizado em 2024 com mais de 200 executivos de empresas com faturamento superior a 100 milhões de dólares, também evidencia que todos os departamentos jurídicos consultados enfrentaram questionamentos internos sobre o tema ao longo do último ano, o que reforça a centralidade da discussão e destaca a necessidade de adequação constante à evolução tecnológica.
Diante desse cenário, como superar tais riscos? O primeiro passo é reconhecê-los e direcionar investimentos tanto em tecnologia quanto na capacitação de profissionais especializados, capazes de apoiar as áreas jurídicas na superação desses desafios.
Um dos principais riscos para o setor jurídico é o fenômeno conhecido como “eficiência tóxica”, que ocorre quando as empresas tentam automatizar processos que, na verdade, não deveriam existir. A simples digitalização de fluxos obsoletos e burocráticos acaba apenas por perpetuar problemas históricos, transferindo-os para um ambiente digital sem promover melhorias substanciais.
Outro risco iminente refere-se à automatização do erro sistemático. Sem a supervisão adequada, a geração em grande escala de peças processuais pode ocorrer com falhas repetitivas que, em um trabalho manual, seriam identificadas e corrigidas pela experiência dos profissionais do direito. Essa situação pode comprometer a qualidade dos documentos e gerar impactos negativos consideráveis nos processos judiciais.
Além disso, há ainda o desalinhamento estratégico, que ocorre quando os departamentos jurídicos se tornam desconectados dos objetivos gerais do negócio. Nessa situação, a automatização de contratos pode parecer uma solução eficiente, mas, se esses documentos não refletirem a evolução do modelo de companhia, os problemas existentes acabam se multiplicando rapidamente, gerando impactos negativos para a gestão e a tomada de decisão.
Por fim, é importante destacar o risco de atrofia de competências, um problema que afeta não apenas o setor jurídico, mas diversos outros segmentos. Jovens advogados que se desenvolvem em ambientes dominados pela hiperautomação podem se tornar excessivamente dependentes da tecnologia, o que pode comprometer a capacidade crítica de questionar premissas e desenvolver argumentos originais, que são aspectos essenciais para o exercício pleno da advocacia.
De um modo geral, superar esses desafios não passa por resistir às inovações tecnológicas, mas sim em integrá-las de maneira consciente e assertiva. A implementação da inteligência artificial deve ser acompanhada de checkpoints humanos, formação contínua dos profissionais e um foco claro em liberar os advogados para se dedicarem a demandas mais estratégicas e de maior valor agregado.
Nesse ponto, as plataformas jurídicas integradas à inteligência artificial representam um avanço decisivo para o setor. Essas soluções entregam eficiência na gestão de processos, permitem uma análise aprofundada de dados e oferecem suporte consistente à tomada de decisões, ao mesmo tempo em que garantem parâmetros claros de segurança da informação e governança corporativa. No entanto, quando mal direcionada, a aplicação da inteligência artificial pode comprometer a privacidade dos dados, ampliar vieses existentes ou mesmo gerar decisões equivocadas.
Entretanto, ao utilizar uma plataforma estruturada, é possível alinhar a tecnologia com as exigências da LGPD, garantir o respeito ao sigilo profissional e preparar os departamentos jurídicos para atender às futuras demandas regulatórias, como as previstas no Marco Legal da Inteligência Artificial. O Projeto de Lei 2.338/2023, aprovado pelo Senado em dezembro de 2024, estabelece diretrizes importantes sobre a transparência no uso de conteúdos protegidos por direitos autorais e regulamenta as negociações de remuneração aos autores, o que reforça a necessidade de adequação proativa dos sistemas e processos jurídicos.
A implementação bem-sucedida da inteligência artificial em ambientes jurídicos vai muito além da simples aquisição de software, demandando uma customização responsável e um acompanhamento constante para que os modelos evoluam em consonância com a prática do cliente, mantendo-se sempre atualizados e pautados por princípios éticos.
Inevitavelmente, o futuro da advocacia será permeado pela tecnologia e pela inteligência artificial, cabendo às empresas refletirem sobre a maneira como essa integração será realizada. Com o suporte das plataformas jurídicas, a tecnologia pode deixar de ser vista como um risco e se transformar em um instrumento de transparência e eficiência estratégica, contribuindo efetivamente para a modernização e o fortalecimento do setor.
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| Atualizado em: 09/12/2025 18:09 | ||